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Capitulo 1 – Father, I Won’t Do Anything

Tradução: sumi

 

“Ei, híbrida. Você realmente acredita que aquele humano que dizem ser seu pai irá te proteger?”

 

Taylor, a prima de Jaina, que sempre a atormentava, estava brigando até no dia da partida.

 

Mas essa era a última vez. Apesar das palavras duras de Taylor, Jaina continuou a arrumar suas malas com um rosto inexpressivo.

 

“Os adultos disseram que ele é seu pai, mas honestamente, como um pai pode ser a mesma coisa que a mãe que lhe deu à luz? Se você vai dizer que ele causou sua existência, poderia dizer o mesmo sobre a comida que você comeu esta manhã ou o lugar que você vive.”

 

Os lábios de Taylor se torceram cruelmente.

 

“Além disso, você parece não saber, mas aquele humano é famoso por sua natureza fria e arrogante, até mesmo com crianças…”

 

“Eu sei.”

 

“Você sabe? Então como você pode ficar tão calma nessa situação onde outros dragões estão tentando te matar?”

 

Taylor levantou a voz e agarrou Jaina com força pelos ombros para que ela não pudesse evitá-la.

 

“Deixe-me perguntar novamente. Você realmente acha que aquele humano que dizem ser seu pai irá protegê-la?”

 

Flinch.

 

Taylor rapidamente soltou Jaina.

 

Mesmo que ela estivesse sendo intimidada, os olhos de Jaina surpreendentemente continuavam calmos e claros.

 

“Não.”

 

Os parentes disseram a Jaina que seu pai não sabia de sua existência e, certamente, os dois nunca se encontraram.

 

Mas Jaina já sabia sobre seu pai. E não apenas porque ele era famoso por suas habilidades mágicas excepcionais.

 

Seu pai biológico, Diamid Bellafanian, o Senhor da Torre Mágica.

 

[Assim como seu nascimento não me trouxe nenhuma emoção, sua morte também não terá nenhum significado para mim.]

 

Ele era o chefe final do mundo da novel, com sangue frio o suficiente para simplesmente ignorar sua filha que iria morrer.

 

* * *

 

Jaina nasceu com as memórias de sua vida passada.

 

Os dias em que ela era uma estudante do ensino médio chamada Min Po-bae na Coreia.

 

Mas se perguntassem se isso era uma coisa boa, bem… Ela queria balançar a cabeça.

 

‘Como poderia ser bom lembrar de uma época cheia de abusos?’

 

A causa da morte de Jaina em sua vida passada foi um traumatismo craniano.

 

E quem bateu na cabeça dela com uma cadeira não era ninguém menos que seu pai biológico. O homem que habitualmente lançava abuso verbal e físico finalmente tinha ido longe demais.

 

Quando fechou os olhos pela última vez, ela pensou que sua vida miserável finalmente havia acabado, mas quando voltou a si, estava em um mundo novo.

 

‘Jaina? É assim que estão me chamando?’

 

Ela ficou em choque quando sua visão clareou depois de algum tempo. Seu corpo tinha escamas, e as criaturas ao redor dela também não eram humanas.

 

‘Vejo que reencarnei como um dragão e que vivo em alguma espécie de tribo.’

 

A tribo dos dragões tinha duas formas — uma forma de dragão e uma forma humana, e podia alternar livremente entre as duas.

 

Eles não tinham a capacidade de cuspir fogo, mas sua aparência era semelhante à dos dragões que frequentemente apareciam em jogos coreanos de estilo medieval.

 

Além da mudança de raça, houve mais um fato importante.

 

Pelo que ela ouviu, sua mãe morreu pouco depois de dar à luz.

 

“Se outros dragões virem esta criança, eles certamente tentarão matá-la, então vamos manter sua existência estritamente escondida.”

 

À medida que Jaina aprendia a linguagem deste mundo, ela percebeu algo.

 

Ela era um pouco incomum comparada aos outros dragões.

 

‘Eu me perguntava por que eu era a única com cabelos pretos e olhos azuis quando todos os outros tinham cabelos e olhos pretos…’

 

Ela havia notado há muito tempo, mas tentou ignorar o máximo possível, porém, como esperado… Só porque ela renasceu, sua vida infeliz não se tornaria tranquila de repente.

 

Acontece que a cor diferente do cabelo e dos olhos era prova de que ela não era um dragão puro-sangue, mas sim uma híbrida.

 

Uma híbrida com o sangue de um humano inferior, tornando-a a mais baixa das baixas.

 

Sem mãe, Jaina não teve escolha a não ser ter que ficar sob a responsabilidade de seus parentes, onde sempre teve que suportar todo tipo de humilhação por ser híbrida.

 

“Você é um símbolo de impureza. Perceba isso e tenha vergonha de sua existência.”

 

Mas Jaina não se importou. Como sua mãe também havia falecido cedo em sua vida anterior, ela estava acostumada a viver sob os cuidados relutantes dos outros e deixar que suas palavras entrassem por um ouvido e saíssem pelo outro.

 

Pensando bem, as memórias de sua vida passada não eram totalmente inúteis.

 

Se ela fosse uma criança comum, as palavras duras dirigidas a ela teriam deixado feridas profundas.

 

‘Ah, e mais uma coisa.’

 

Graças às memórias de sua vida passada, Jaina foi capaz de descobrir facilmente que este mundo era o mundo do romance de fantasia <A Espada da Vingança>.

 

Os nomes de lugares e personagens mencionados no livro, além dos trechos de eventos que ela ouviu, todos correspondiam ao conteúdo do romance que ela conhecia.

 

Mas a surpresa não durou muito.

 

Afinal, todos os eventos do romance ocorreram na sociedade humana.

 

Jaina, vivendo em uma vila da tribo dos dragões, pensou que não tinha nada a ver com isso e não prestou muita atenção. Mas…

 

“Não podemos mais cuidar de você.”

 

Um dia, os parentes que cuidavam de Jaina anunciaram de repente que não poderiam mais ser responsáveis por ela.

 

Os parentes esconderam completamente a existência de Jaina, pois o fato de ela ser híbrida com um humano mancharia muito a honra do clã se isso se tornasse conhecido por estranhos.

 

Mas conforme as circunstâncias do clã pioravam, parecia que sua paciência havia chegado ao limite.

 

“Não podemos viver sobrecarregados com você para sempre. Não fique ressentida conosco. Criá-la era originalmente responsabilidade de sua mãe.”

 

E então eles disseram.

 

“Você tem outro parente de sangue além de sua falecida mãe.”

 

Ao contrário dos humanos, a tribo dos dragões não tinha o conceito de casal, então, quando uma criança nascia, a fêmea a criava sozinha.

 

Mas quando a situação se tornou desfavorável, eles de repente trouxeram à tona o conceito de um “pai” que não existia para os dragões e anunciaram unilateralmente que enviariam Jaina até ele.

 

“Dizem que aquele humano é um poderoso arquimago. Se isso for verdade, ele deve ser capaz de proteger você dos outros dragões.”

 

Um pai e uma filha?

 

Ela nunca imaginou que se envolveria com o chefe final do romance dessa maneira.

 

‘Bem, há poucos humanos conectados à tribo dos dragões… Eu estava muito complacente em meus pensamentos até agora.’

 

“Se dê bem com seu pai.”

 

Diante das palavras seguintes do parente, Jaina deu um sorriso irônico.

 

Ele estava dizendo isso sem saber?

 

Como se houvesse alguém no mundo que pudesse se dar bem com Diamid Bellafanian.

 

Jaina, que havia lido o romance, o conhecia muito bem.

 

Durante o período em que o mundo foi invadido por espíritos malignos devido à maldição do Rei Demônio.

 

Diamid era um jovem com habilidades extraordinárias, mas de uma natureza excessivamente gentil. Antes da batalha final, para evitar vacilar, ele selou suas emoções.

 

E antes que o selo fosse concluído, ele conhece a mãe de Jaina, Bezrice.

 

Uma equipe de subjugação reuniu os indivíduos habilidosos do continente para enfrentar o Rei Demônio.

 

Os dois se conheceram como membros daquela equipe e se apaixonaram como que por destino enquanto viajavam juntos. E logo depois, eles até prometeram se casar.

 

Se perguntado se suas emoções endurecidas derreteram novamente, esse não foi o caso. Se sim, Diamid não teria se tornado o chefe final do romance.

 

Durante a expedição, Bezrice percebe que foi amaldiçoada pelo Rei Demônio e que sua expectativa de vida estava diminuindo.

 

Ela se despede de Diamid, escondendo o fato de que está carregando um bebê dele. Por preocupação de que sua morte o machucaria.

 

E Diamid fica magoado com as palavras zombeteiras de Bezrice e não entende que ele foi apenas um “caso de uma noite” para ela.

 

Depois disso, o coração de Diamid congela completamente, e ele ganha renome como um arquimago desumano e ferozmente egoísta.

 

Apesar de ter poderes sobre-humanos, se algo não o beneficia, ele não piscaria nem se uma criança estivesse morrendo bem na sua frente. Esse é o tipo de pessoa que ele se tornou.

 

‘E essa pessoa é meu pai…’

 

Foi somente depois que Jaina completou dez anos e soube que seria enviada para seu pai que ela finalmente conseguiu se lembrar de como era retratada no livro.

 

[Diamid teve um passado em que fez vista grossa mesmo quando sua filha biológica Jaina foi brutalmente assassinada por sua tribo de dragões. Para ele, que não conseguia sentir apego nem mesmo a sua relação de sangue, outras pessoas eram meros peões.]

 

‘Li o romance várias vezes, mas não percebi que era minha história, pois ela foi mencionada apenas brevemente.’

 

Diamid, indiferente até mesmo à própria filha, era insensível às más ações e agia sem hesitação em tudo que o beneficiava.

 

O respeitado arquimago que derrotou o Rei Demônio foi corrompido.

 

E a história da protagonista vingando a morte de sua mãe contra tal Diamid foi o enredo principal do romance <A Espada da Vingança>.

 

‘Claro, essa é uma história de vários anos depois, e vai demorar um pouco até que a mãe da protagonista morra, mas…’

 

A linha do tempo do romance não era muito importante para Jaina. Porque ela já estaria morta naquela época.

 

Ela continuou agonizando sobre como sobreviver, mas nenhuma resposta adequada lhe veio à mente.

 

Mesmo que ela fosse mais forte que um humano da mesma idade devido ao seu sangue de dragão, isso seria inútil diante de um dragão adulto.

 

Além disso, Jaina era jovem demais para ter despertado o verdadeiro poder da tribo dos dragões.

 

Se ela não conseguia se defender da tribo dos dragões com sua própria força, ela precisava obter ajuda de fora de alguma forma. No entanto…

 

‘É impossível obter proteção do meu pai como os parentes disseram.’

 

Diamid claramente não a protegeria dos dragões que tentam realizar um “assassinato de honra” como fizeram na história original. Ela teria sorte se ele não a expulsasse, alegando que ela não era sua filha.

 

Dizem que não é o vento frio, mas a luz quente do sol que derrete o gelo.

 

Uma atitude afetuosa e doce, um sorriso suave e gentil.

 

Os chamados fatores que fazem um pai se apaixonar por sua filha.

 

Mas Jaina não tinha nada disso. Não, era mais preciso dizer que ela não conseguia fazer isso.

 

Porque o amor era algo que somente aqueles que o recebiam podiam dar.

 

Além disso, a outra parte não era uma pessoa comum. Era ninguém menos que o vilão do romance que mal conseguia sentir emoções, Diamid Bellafanian. Não importa o quanto ela lutasse, ele não sentiria nenhuma emoção.

 

Então, antes de ir para a Torre Mágica, Jaina decidiu.

 

Não fazer nenhum esforço para ganhar o favor de Diamid. Aceitar calmamente sua morte.

 

Em vez de sofrer e se sentir injustiçada, seria melhor reconhecer a realidade e se divertir.

 

Se havia algum lado positivo, era que o “assassinato de honra” da tribo dos dragões não aconteceria tão cedo.

 

‘Faltam sete anos.’

 

Em <A Espada da Vingança>, a tribo dos dragões começa a se mover para matá-la quando ela tem dezessete anos.

 

Para a tribo dos dragões de vida longa, cuja noção de tempo era diferente da dos humanos, 7 anos parecem um piscar de olhos.

 

Parecia tempo suficiente para se entregar a pequenos luxos que ela não conseguiu aproveitar em sua vida passada e viver sem muito apego persistente à vida.

Father, I Won’t Do Anything

Father, I Won’t Do Anything

아빠, 저는 아무것도 하지 않을게요
Pontuação 8.4
Status: Em andamento Tipo: Autor(a): , Artista: , Lançado: 2020 Língua materna: Korean
[Assim como seu nascimento não me trouxe emoção, sua morte também não terá sentido para mim.] Reencarnada como Jaina, um personagem secundário trágico, nascida como uma híbrida meio humana e meio dragão, negligenciada e destinada a um fim miserável. Marcada como uma abominação, Jaina é abandonada em uma torre mágica pela tribo dos dragões. Lá, ela encontra seu pai pela primeira vez – Diamid, o Senhor da Torre Mágica. Assim como descrito na história original, ele parece não sentir nem um pingo de afeição por sua filha, apenas lançando-lhe um olhar frio. — Essa é a criança que dizem ser minha filha? Jaina tremeu sob o olhar avaliador que se aproximava. — Olhos azuis… Mas isso não prova que você é minha filha. Você pode muito bem ter sido trazida aqui por um humano qualquer com quem teve um filho. E assim, Diamid a deixa e vai embora. Em vez de desperdiçar esforços tentando conquistar o favor do pai, o Senhor da Torre, Jaina decide simplesmente desfrutar dos pequenos prazeres que nunca pôde experimentar em sua vida passada até sua morte... — Você não precisa me considerar sua filha. E eu também não o chamarei de pai, Senhor da Torre. — ... — Senhor da Torre? Mas... o pai que deveria ser indiferente começa a demonstrar sinais de obsessão? Pai, você não pode simplesmente me deixar em paz?

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